domingo, 1 de maio de 2011

O Simbolismo do Pavão



A ave do Paraíso, o "animal de cem olhos", símbolo da visão de Deus pela alma. Não é só pela impressionante harmonia de suas formas e pela exuberância de suas cores que o pavão é um animal constantemente associado à beleza e à perfeição. É também por seu comportamento altivo e majestoso que o animal conquistou este posto. Mas, além disso, o pavão guarda outros símbolos mais profundos consigo. Antigamente acreditava-se que esta ave (que se alimenta de vermes, insetos, sementes e frutos) seria imune a plantas e animais venenosos, sendo capaz de transformar as toxinas que ingere nas cores radiantes de suas penas.

Na Índia, o pavão já foi considerado um animal sagrado. Quem matasse um deles seria condenado à morte. Hoje esse costume não existe mais, porém dezenas de pavões andam livremente por certos templos hindus e são alimentados pelos sacerdotes. No budismo tibetano, o pavão simboliza o bodisatva, aquele que transcende os venenos emocionais como a raiva, o ciúme, a inveja e é capaz de viver entre as "pessoas comuns", ajudando-as a alcançar a iluminação, sem se deixar contaminar pelo mundo.

Na Grécia Antiga, o pavão era um dos animais de Hera, deidade que regia o casamento. Eles acreditavam que por essa ligação com a deusa Olímpica, seu corpo não se corrompia após a morte. Tal crença foi inclusive adotada pelo cristianismo até a época de Santo Agostinho.
Uma curiosidade, é que todo ano, durante o Inverno, as penas do pavão caem para que nasçam outras novas, recuperando seu esplendor durante a primavera. Por este motivo, a ave se tornou símbolo de renovação e mudanças favoráveis, bem como da imortalidade e do renascimento. Os primeiros critãos adotaram o pavão como símbolo da ressurreição e representaram-no diversas vezes bebendo do cálice eucarístico.

Na China e no Vietnã o pavão é signo de fertilidade e prosperidade. Na tradição sufi, ramo esotérico do islamismo, o pavão possui um importante papel iconográfico. Os sufis contam que quando a Luz se manifestou e o Self (o Eu Superior) viu sua imagem refletida num espelho pela primeira vez, ele viu um pavão com sua cauda aberta. Uma bonita história que tenta traduzir a magnificência e a pureza do Eu Superior através da figura do pavão.

Os "olhos" na cauda do pavão abrem um leque de interpretações e significados. Ainda segundo o sufismo, eles representam as virtudes espirituais irradiadas pelo Olho do Coração. Já a Teosofia considera o pavão como um “Emblema da inteligência de cem olhos e, também, da Iniciação. É a ave da Sabedoria e do Conhecimento Oculto", segundo o Glossário de Helena Blavatsky. O "olho" da pena do pavão também é associado à glândula pineal, fazendo dela um símbolo sagrado. Ainda hoje essas penas são usadas como talismãs e proteção contra maus espíritos.


O Pavão e as Deusas:

Hera
De acordo com a mitologia grega, o pavão era o animal de Hera e ganhou suas marcas em formato de olho graças a uma mulher chamada Io. Ela era sacerdotisa de Hera, esposa de Zeus. Zeus se apaixonou por Io e a transformou em uma novilha para protegê-la da ira e do ciúme de Hera. Hera ficou desconfiada e pediu a Zeus que lhe desse a novilha de presente. De posse do animal, Hera incubiu Argus, homem coberto de olhos, de vigiar Io. Zeus, então, enviou um mensageiro para resgatar a sacerdotisa, matando Argus. Como uma homenagem a Argus, Hera colocou seus "olhos" no pavão.

Saraswati
Saraswathi é a deusa hindu da sabedoria, da fala, da poesia, da música e dos estudos, e é quase sempre representada ao lado de seu pavão, algumas vezes ao lado de seu cisne. Na simbologia de Saraswathi o pavão possui, surpreendentemente, um significado diferente de todos os outros. Com sua linda plumagem, ele representa o mundo em toda sua glória e a ignorância (avidya) advinda da ilusão mundana. Já o cisne, com sua capacidade de separar o leite das águas, representa a sabedoria (viveka) e o conhecimento (vidya). O pavão sentado perto de Saraswathi está ansiosamente esperando para servi-la como veículo. Mas, por seu comportamento imprevisível e seu humor influenciado pelas mudanças do tempo, Saraswathi utiliza o cisne como veículo e não o pavão. Com isso, a imagem tenta dizer que devemos superar a ansiedade e a inconstância para utilizar bem o conhecimento.

texto: Ananda
fonte: http://pontoom.blogspot.com

AS PENAS


São usadas como símbolos espirituais por xamãs e sacerdotes, como símbolos de realeza para reis e chefes, para ornar, símbolos de cura, ou símbolos do poder sagrado.

O Reino dos pássaros é o ar que interliga o Paraíso com a Terra. São os pássaros que se movem entre ambos. Fazem o caminho entre a espiritualidade e a matéria. O ar em movimento é o vento que simboliza a o movimento e a capacidade de voar, nas asas da inspiração, intuição e criatividade

Pássaros podem freqüentemente ser considerados os símbolos da alma. Suas habilidades para voar refletem a habilidade dentro de nós para voarmos para novas qualidades, servir de ponte entre o céu e a terra, estimular grandes vôos de esperança, inspiração e idéias

Mais que tudo, as penas chegam como dádivas. elas vem do céu, do mar, das árvores, da relva, e até mesmo, como ilustram essas histórias, de lugares nunca habitados por aves. Elas nos chegam inesperadamente, mas com um propósito. Suas mensagens podem ser espantosas, reconfortantes ou repentinas, mas são sempre uma oportunidade para ver, para encontrar respostas a questões que nem sequer sabíamos que perguntávamos.

Tal qual quando levamos mensagens inspiradoras aos outros, enquanto simplesmente preenchemos nossas vidas, as penas trazem-nos essas mensagens. Elas lembram-nos de que caminhamos num mundo transbordante de significados.

RITUAL

A PENA QUE FALA
Entenda o que a lhe PENA diz
Maneje sua pena gentilmente, fazendo sua própria forma de alisamento, isto ajuda a distribuir os óleos naturais de suas mãos para a pena, alinhando com ela a sua energia.
Examine seus filamentos, desenhos e texturas e gentilmente percorra-os com os dedos, desde a haste até ao final.
Passe os filamentos da pena suavemente ao longo do seu rosto, de dentro para fora.Vai conseguir aumentar a sua sensibilidade ao toque, relaxar e a canalizar a energia para os canais mais carenciados.
Observe mais uma vez os padrões, os detalhes, as cores. Tudo pode ter um significado e a interpretação desse significado surgirá um dia...
...com toda a certeza...
...sem dúvida nenhuma...
...uma PAZ...que até faz...
...PENA...

fonte:http://wakan-tanka.bloguepessoal.com

A SIMBOLOGIA DAS PENAS



PENAS DA ÁGUIA:

Penas sagradas, afastam as energias negativas e atraem as boas energias para o corpo de uma pessoa fragilizada. Leva os nossos pensamentos e as nossas preces ao grande espírito do céu. As suas penas têm um significado sagrado e muito particular, representando a essência sagrada das aves. São símbolo de paz.Utiliza-se as penas de águia sobretudo pra a tinta de sangue de dragão.

PENAS DE CUCO:
Representa a energia espontânea e imprevisível. Aumenta as habilidades em magia e a intuição.

PENAS DE FALCÃO:

As penas de falcão serviam aos xamãs a aumentar os seus conhecimentos de medicina. Serve para especificar e aumentar as coisas sobretudo nas áreas das plantas e medicina

PENAS DE MOCHO:

Utilizam-se sobretudo em rituais secretos de magia. Sabedoria e esoterismo.

PENAS DE PAPAGAIO:

Estas são raras, servem sobretudo para fins de enfeite em roupas de rituais e de danças. Têm por símbolo a comunicação e têm por reputação facilitar a tradução e a comunicação entre as diferentes tribos. (Lembre-se que é uma ave que fala e que aprende qualquer língua). A variedade de cores desta pena serve para representar o arco-íris, símbolo de paz e de prosperidade entre os Sioux do Lakota.

PENAS DE GALO

O galo e algumas raças de galinhas, possuem no centro da cauda duas penas longas e curvas. Estas penas são símbolo da Deusa e do Deus. São sagradas aos Deuses devido a sua forma que se assemelha muitas vezes a chifres de animais, assim como por serem do galo, símbolo ele mesmo da virilidade masculina. São também sagradas às Deusas devido a sua forma que se assemelha a uma foice, símbolo da lua crescente e decrescente, assim como da colheita dos grãos. Geralmente as Brancas são sagradas às Deusas e as pretas irisadas aos Deuses. Antigamente eram usadas pelos xamãs e podem substituir quaisquer outras penas.

fonte:http://wakan-tanka.bloguepessoal.com