quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Acordo ambiental coloca Brasil à venda

“Essa é a maior estupidez que já vi esse governo cometer.

Vamos vender nossa independência em assuntos internos por isso?”

João Bosco Leal*

Com autorização do Ministério da Fazenda, o Ministério do Meio Ambiente concluiu um acordo e agora assinará um contrato com os Estados Unidos para converter uma dívida de US$ 23 milhões em um fundo de proteção de biomas brasileiros.
A Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, declarou que esse fundo de proteção destinará recursos para atividades de preservação e proteção da Mata Atlântica, do cerrado e da caatinga brasileiros, e que esta é a primeira operação de conversão de dívida externa autorizada no Brasil, envolvendo a área ambiental.
Diante dessa notícia publicada pela imprensa, começo a me lembrar da quantidade de ONGs estrangeiras, cineastas americanos, canadenses e de tantos outros países, que tem se sentido no direito de aqui declarar como e o que devemos fazer com nossas terras, nossos índios, as usinas hidrelétricas, a preservação de florestas, dos animais, e tantas outras ingerências que certamente provocariam a expulsão de qualquer brasileiro que, estando em no exterior, passasse a se manifestar sobre esses assuntos. Claro, em qualquer país do mundo, esses são assuntos internos, não se admitindo interferências estrangeiras sobre nenhum deles.
A Igreja Católica, com suas diversas pastorais, como a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), normalmente dirigidas por padres estrangeiros que sequer falam corretamente o português, opina e exerce atividade nos mais diversos assuntos. Exemplos: reforma agrária, política, índios, distribuição de renda, além de muitos outros. A igreja nunca é repelida, contrariada ou tem um desses padres estrangeiros expulsos do país por opinar sobre temas para os quais não foi chamada, ou seja, além do evangelho.
Nosso atual presidente da República, ultimamente, tem se envolvido com diversos assuntos internos de outros países, como: a promessa de exílio a uma mulher condenada no Irã, que provocou uma resposta oficial do governo iraniano recusando tal oferta para condenados por crimes de acordo com a legislação daquele país; a tentativa de intermediação pacífica para a não fabricação de armas nucleares pelo Irã, quando o mundo todo, inclusive a ONU, já havia tentado e não conseguido; a emissão de opiniões infundadas sobre o conflito Colômbia e Venezuela, que provocou resposta do governo colombiano, apontando a sua desinformação.
Provavelmente por isso, Lula admite que estrangeiros opinem sobre assuntos que certamente são de interesse e competência exclusiva de brasileiros. Após a assinatura desse acordo, certamente seremos obrigados a ouvir muito mais palpites e ingerências. Afinal, os americanos estão “pagando” para poder preservar.
Essa provavelmente é a maior estupidez que já vi esse governo cometer. E olha que não foram poucas. Para a enorme maioria dos cidadãos brasileiros, US$ 23 milhões é uma fortuna até inimaginável. Mas não o é para muitos outros, milhares de brasileiros que sabem muito bem o que significa ou até mesmo possuem essa quantia. Imaginemos então em termos de um país. É uma merreca, como se diz atualmente. E vamos vender nossa independência em assuntos internos por isso? Não senhor, presidente Lula, o povo brasileiro não quer vender, por valor algum, nenhum milímetro do país ou de sua independência sobre os assuntos internos.
Não impedindo que se assine esse acordo, o senhor ficará na história como o homem que vendeu nossa liberdade. Que vendeu o Brasil.

*João Bosco Leal é produtor rural em Mato Groso do Sul, articulista e palestrante sobre agronegócio e conflitos agrários. Faz parte do Movimento Nacional de Produtores (MNP), do qual foi presidente entre 2001 e 2009. Integrou a Comissão Nacional de Assuntos Fundiários da Confederação Nacional de Agricultura (CNA) de 2000 a 2007, época em que atuou na Ouvidoria Agrária do Mato Grosso do Sul. Nos anos 90, trabalhou no Sindicato Rural de Campo Grande (MS).

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Som/Canção de Poder

Segundo muitas tradições, os sons e a música possuem um profundo efeito psicofísico. Certos tons podem curar ou lesionar corpos humanos. Os hindus atribuem certos tons aos chackras, que lhes dá acesso a poderes ocultos (mantrans)

Os cânticos acompanham toda a história das religiões. Os cantos Zen Budistas, Cantos Gregorianos, Salmos, Pontos de Umbanda e Candomblé, canções evangélicas, etc.

No caso específico do xamanismo, as canções de poder, acompanham as cerimônias para evocar espíritos guardiães, espíritos de cura, para intensificar a energia, para alterar a consciência, permitir a mente livre de pensamentos indesejáveis, para proporcionar visões.

O ritmo também pode transportar o xamã de volta ao seu espaço sagrado . Todo xamã possui sua canção de poder para despertar seu animal e espíritos auxiliares. O ritmo e as palavras estabelecem uma comunicação com o sagrado, libertando, de forma espontânea, a energia para curar e elevar a consciência.

A canção de poder não é composta e sim canalizada, é um fenômeno de liberação psíquica, mediúnica. As canções de poder podem trazer felicidade e bem estar, entendimento e relexão, cura e transe. Elas podem ser curtas e repetitivas, como grandes e melodiosas.

No Perú os xamãs associam os trabalhos xamânicos com os ícaros, ou canções mágicas, para evocar o espírito de uma planta de poder, para viajar por mundos invisíveis, curar, trazer proteção.

Nos rituais do Santo Daime, não é raro que seus práticantes recebam hinos, que são versos musicados, captados de origem divina. Na União do Vegetal, que também se utiliza da bebida sacramental Ayahuasca, os mestres entoam as chamadas. No Rig Veda, os sacerdotes em estado de transe provocados pela bebida Soma também captavam hinos. Na barquinha pontos e Salmos. Os indios brasileiros, norte-americanos, aborígines australianos, esquimós, africanos, siberianos, enfim, as canções sagradas estão presentes em todo o Universo Xamânico.

Compartilho uma pesquisa de alguns materiais:

Os sons sagrados das diferentes tradições podem variar extremamente em seu uso das freqüências. Estas tradições usam frequentemente escalas e tonalidades muito diferentes das que estamos acostumados e nós podemos achar estes sons extremamente bizarros, fora do tom e completamente desarmoniosos. Isto é, até nós abrirmos verdadeiramente nossos ouvidos e nossos corações ao que é realmente

Quando os ocidentais visitaram primeiramente África, relataram que os africanos amavam cantavam e dançavam, mas suas músicas não tinham nenhum sentido.

Nós podemos ouvir Ragas hindus, a música tibetana, canções de Bali pela primeira vez e sentir os sons como não musicais. Entretanto, uma vez que nós passamos da resposta inicial, podemos perceber que estes sons sagrados têm efeitos extremamente transformadores

O Dr. Alfred Tomatis, um médico francês, levou muitos anos pesquisando os sons sagrados do mundo. Pesquisou em detalhes muitas canções sagradas, incluindo os cantos gregorianos e tibetanos e percebeu que eles são ricos em sons de alta frequência, chamados harmônicos ou hipertons. Ele acredita que estes sons carregam o cortex do cérebro e estimulam a saúde e o bem estar.

Os harmônicos ou hipertons, são geométricamente relacionados e ocorrem sempre que um som natural é criado.

Os harmonicos são os sons dentro de todos os sons, responsáveis pela cor ou o "timbre" do tom de um instrumento e de nossas vozes. A matemática dos princípios universais da exposição dos harmonicos que correspondem a uma estrutura subjacente encontrou na química, na astronomia, na física, e no estudo de outras ciências.O conhecimento e a compreensão destes sons parecem ser antigos, datando na época de Pitágoras, ou antes ainda.

O uso dos harmonicos como sons sagrados pode ser encontrado nas tradições xamânicas e místicas, particularmente budismo tibetano e cantos mongóis, siberianos. Nestes casos os cantores desenvolveram a habilidade de criar hipertons ou harmônicos vocais múltiplos, cantando duas ou mais notas simultaneamente. Estes sons foram usados por cantores como meio de invocar deidades e forças diferentes de energia para equilibras os chakras

Escutar as canções de monges tibetanos pode ser uma experiência transcendente. Os monges utilizam uma frequência fundamental, profunda, parecem quase inumanos, são como um rosnado de um animal selvagem. É acoplada com este tom uma voz muito mais elevada que soa como a um anjo cantando na harmonia.

Estes dois sons vêm de mesmo ser, um Monge tibetano, e são o resultado de práticas sagradas. A criação dos harmonicos é baseada em sons de vogais.

Cantar o alongamento destes sons vogais são encontrados na maioria das canções principais do mundo, dos mantras hindus e tibetanos, às práticas de sufis e cabalistas.

Por exemplo nós temos "Oooooommm" e "Aaaaameen," Aaaaallaaah, "e" Yaaaah Waaaay." Através deste formulário de entonação ocorre uma extraordinária ressonância no corpo físico e no cérebro.Quando o cantor destes sons focaliza uma intenção de se fundir com o som sagrado, os resultados são extraordinários.

Nas tradições aborígenes australianas, os sons sagrados são produzidos por um instrumento chamado didjeridu, uma espécie de fauta que parecem troncos ôcos

Quando é tocado, usando uma técnica chamada a "circular que respira" (que permite a criação de um córrego de ar contínuo e conseqüentemente de um som contínuo), o resultado é um único tom, muito profundo e extremamente rico em harmonicos.

Aqueles que ouviram este som pode o ter encontrado muito similar "na voz profunda tibetana," que é também muito profunda com hipertons distintos. E o mais interessante que estes dois sons muito similares foram criados por duas civilizações muito distintas, separadas por milhares de milhas.

Poderia ter sido, como suas lendas indicam, que os primeiros criadores humanos destes sons, os ouviram primeiramente no estado original e tentaram então os criar no corpo físico, um usando a voz enquanto o outro usava um instrumento.

Cantando um som sagrado acoplado com a intenção de invocar seres ou energias pode-se criar o que o cientista britânico Rupert Sheldrake chamou campos "morficos". Estes são os campos da energia que causam a forma e a dão forma para ocorrer.

Em muitas das tradições soando sagrado, ou recitando o nome de uma entidade trará eventualmente essa entidade e permitirá que una-se com ele. Muitas vezes a recitação destes nomes sagrados é chamada "mantras" . Entretanto, esta prática é baseada em uma compreensão antiga do som sagrado.