sexta-feira, 18 de junho de 2010
SIMBOLOGIA ANIMAL
Campbell escreveu sobre o papel do olho do animal e seu simbolismo nas cavernas paleolíticas. Está associado com o Sol, ou com o olho solar, e também com o leão e a águia. É a porta do Sol, a porta do Xamã, a passagem através do mundo da matéria para chegar ao espírito. Jung, em vários dos seus escritos, também explorou esse aspecto do simbolismo animal e espiritual.
Nas Américas Central e do Sul um xamã pode se transformar em jaguar e vice-versa. Há índios que pintam o corpo imitando um jaguar, e assim ganham força e as habilidades do animal. Os totens animais simbolizam energias específicas que nos alinham com a vida. Quando nós prestamos atenção e estudamos um totem, nós estamos honrando a essência deles. Nós podemos evocar essa essência para entender melhor nossa vida e as circunstancias com mais clareza. Nós podemos compartilhar de seu poder ou da sua medicina.
Os animais terrestres têm sempre tido uma forte simbologia associada a eles. Ele tem representado o lado emocional da vida, refletindo qualidades que devem ser superadas, controladas, ou re-expressadas.
Eles também são símbolos de poderes associados com reinos invisíveis que nós podemos aprender a manifestar no visível. Pássaros podem freqüentemente ser considerados os símbolos da alma. Suas habilidades para voar refletem a habilidade dentro de nós para voarmos para novas qualidades, servir de ponte entre o céu e a terra.
Nos totens pássaros cada um tem suas próprias características, mas eles podem ser usados para estimular grandes vôos de esperança, inspiração e idéias.
Os aquáticos também podem ser totens. A água é um símbolo ancestral do plano astral e o elemento criativo da vida. Vários peixes e outras formas aquáticas de vida simbolizam orientação para expressões de intuição, imaginação criativa, e o fluir das nossas emoções. Eles podem refletir o lado feminino ou nossa essência.
Os insetos também fazem parte da natureza, eram mitos de fertilidade no Egito, a Mulher Aranha quem criou o Universo. Chegou o momento para rever nosso vínculo ancestral com os animais. Desde a antiguidade o homem tem imposto sacrifícios aos animais. O carneiro é um símbolo universal do sacrifício animal.
Na Babilônia era sacrificado nas comemorações do ano novo, para atenuar os pecados do reino. Na Grécia, Roma, no Islã, na África e no Egito, era oferecido aos deuses, para diversos fins.
Quero citar um trecho do livro “Os animais e a Psique”, da editora Palas Athenas :
“Entre os hebreus, o sacrifício do carneiro, foi uma antecipação da imolação de Cristo. O cristianismo absorveu o simbolismo pagão do sacrifício animal e o carneiro passou a ser o símbolo do Filho imolado, que segundo os textos bíblicos, pagou com sua vida o pecado dos homens e os salvou para a vida eterna”.
O carneiro foi escolhido, pela igreja, como imagem e símbolo de Cristo. O carneiro tem aspectos de pureza, da mansidão, e da vítima sacrificial. Morto na cruz para a salvação da humanidade, Jesus derramou seu sangue, assim como o sangue do cordeiro libertou o povo judeu do Egito.
No cristianismo, o cordeiro está ligado a Jesus, Cordeiro de Deus, que se imolou pela humanidade : “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do Mundo”. João 1:29
Também é encontrada na Bíblia o Cordeiro do Apocalipse, com sete chifres e sete olhos, com poderes para abrir o lacre dos sete selos e vingar a morte dos santos e dos seguidores de Jesus.
Os animais devem ser tratados com respeito, devem ser honrados e bem estudados porque são manifestações dos poderes arquetípicos que estão por trás das transformações da alma humana. Eles nos falam de nossas compulsões ou instintos, como o comportamento dos filhotes e das aves acompanhando uma figura materna.
O animal torna-se símbolo de uma força específica, energia invisível, espiritual manifestando-se em nossa vida. Que nosso caminho seja guiado e protegido novamente pela sabedoria ancestral da Terra.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário