terça-feira, 11 de maio de 2010

Xamãs e Xamanismo



A palavra "xamã" foi designada para definir muitas coisas: curandeiros, feiticeiros nativos, bruxos... Mas nem todo bruxo ou feticeiro, segundo Michael Harner, pode ser considerado um xamã, porque este é aquele que fora da realidade ordinária e em estados alterados de consciência tem a capacidade de transitar entre os mundos e contatar as forças da natureza e os espíritos ancestrais, com a finalidade de ajudar e conduzir seu povo ou pessoas numa cura equilibrada.

Seus métodos são variados utilizando plantas de poder ou técnicas particulares para transitar entre os mundos do consciente e inconsciente, do celeste, ao submundo, e trazer ensinamentos para a nossa dimensão terrena. Eles têm a capacidade e o dom de "ver" os mundos e dimensões que existem, ou coexistem, porque o limiar entre essas dimensões não existe, elas são classificadas como dimensões para que se façam compreensíveis para a mente racional.

As pessoas, como estão ligadas ao sócio-cultural muito forte, adormecem uma parte desses conhecimentos cósmicos, seus dons, porque vivem retidos no pensamento racional e científico de que tudo deve ser provado, ou de que muitas coisas empíricas não devem ser aceitas.

Ao redor do mundo e através de muitas culturas, uma pessoa que lida com o aspecto espiritual da doença é um xamã. Cabe a ele diagnosticar e tratar as doenças, lidar com informações divinas, se comunicar e interagir com o mundo-espírito e, ocasionalmente, agir como condutor psíquico, ou seja, uma pessoa que ajuda as almas a cruzar os confins para o outro mundo.

A palavra Shaman, originária na tribo tungus da Sibéria, aplica-se tanto a homens quanto mulheres. Através de jornadas, um xamã vai buscar auxílio e informação para ajudar um paciente, família, amigos ou a comunidade.

Geralmente, um xamã usa instrumentos de percussão ou, com menos frequência, psicoativos para entrar num estado alterado.

Um xamã distingue-se de outros curadores pelo uso da jornada. Provas de jornadas xamânicas são encontradas na Sibéria, Lapônia, partes da Ásia, África, Austrália e entre nativos das Américas do Norte e Sul.

Muitos de nós aventuram-se num caminho espiritual para experimentar e perceber mais a vida do que somos capazes basedos somente na lógica. Para realizar isto, usamos nossas funções do hemisfério cerebral direito. Devemos nos abrir para nossa intuição. Devemos usar nossos sentidos para perceber a realidade de uma maneira diferente. Devemos ver, ouvir, sentir e cheirar de um lugar diferente dentro de nós mesmos. E quando aprendemos a expandir todos os nossos sentidos, podemos então adentrar o mundo do xamã

fonte:
Sandra Ingerman
Tatiana Menkaiká

Um comentário:

  1. Olha gostei do seu blog e eu sou estudante de jornalismo na UFSC, gostaria de conversar contigo sobre esse assunto, já que me interessa bastante, você é xamã? Como as terapias que você aplica se encaixam com o xamanismo? Pode tirar umas dúviadas minhas.
    Me manda um e-mail pra gente conversar: j.fontenele@yahoo.com.br ou
    j.fontenele@hotmail.com

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